home office  é um termo com muito destaque desde que começou a pandemia por coronavírus e as pessoas precisaram se isolar e atuar em suas atividades em casa.

Mas é um engano achar que esta modalidade de trabalho é algo novo ou que surgiu por causa do isolamento.

O que é, afinal, o home office?

Trata-se de uma modalidade de trabalho em que o profissional pode atuar integralmente ou em parte da sua rotina em um escritório alocado em sua casa, como também em cafés, coworking e outros espaços que comportam um computador e que tenha à disposição serviços essenciais para a execução de suas atividades – como internet, wi-fi, energia, linha telefônica, etc.

Assim, o escritório pode ser adaptado em casa ou em qualquer outro lugar.

Com a pandemia de coronavírus e a necessidade de isolamento social, o espaço das atividades ficou restrito ao lar do colaborador.

Mas vale ressaltar que o home office privilegia outros espaços quando possível.

Através do home office, pode-se desenvolver atividades que são identificadas pelos termos trabalho remoto, teletrabalho, trabalho à distância e trabalho portátil.

Não há diferenças na elaboração de atividades que o profissional precisa executar, mas no cenário em que irá realizar estas atividades.

Home office – Uma ideia eficaz, mas antiga

Pode parecer algo inovador, mas o home office não é uma ideia nova.

Empresas principalmente fora do Brasil já praticam este formato de trabalho em alguns segmento desde a década de 1990, quando os meios digitais e a internet começaram a se expandir.

A internet comercial no Brasil demorou um pouco mais e se popularizou a partir dos anos 2000.

Desde então, muitos profissionais trabalham em home office, principalmente aqueles que trabalham por projetos.

Mesmo assim, se comparado a outros países, o Brasil é um novato nesta modalidade, apesar no crescimento.

Para se ter uma ideia, com a pandemia por coronavírus, o Brasil se tornou o terceiro país em adoção de home office por parte das empresas.

Contudo, é o quinto no mundo a ter mais problemas com esta modalidade, que avançou rapidamente, mas não houve adaptação por parte de empresas e profissionais.

E vale ressaltar que é um caminho sem volta: pelo menos 30% das empresas brasileiras devem manter o home office após a pandemia.

Vale a pena se adaptar!

Custos menores

O rápido crescimento, a perspectiva de manter o home office e até mesmo os problemas apresentados no Brasil – como a falta de adaptação, de recursos empregados e de gestão estratégica – são exemplos de que a modalidade tem muito a oferecer.

O principal benefício são os custos menores em relação ao colaborador e à estrutura da empresa.

Energia, espaço funcional na empresa, manutenção da estrutura, custos com transporte, alimentação, etc.: são algumas contas que podem ser enxutas com a adoção desta modalidade.

Produtividade, segurança e conforto

Além disso, vale repensar as condições de trabalho como um todo: nem todo mundo precisa sair às 07h00 da manhã para trabalhar, congestionando o trânsito e poluindo o meio ambiente.

Nem todo mundo precisa passar pelo estresse e pela perda de tempo com o trânsito, podendo aplicar melhor o seu tempo com o trabalho ou com a sua qualidade de vida.

Se parte dos profissionais tivesse condições de executar as suas atividades de casa, aqueles que precisam estar presencialmente em seus postos teriam melhores condições em suas rotinas.

A produtividade é essencial para os bons resultados de uma empresa.

Se o colaborador tem todas as condições de executar as suas atividades de forma mais confortável, com mais qualidade de vida, tende a produzir mais e melhor.

Logo, o home office possui outras vantagens que não são os custos menores.

Há ganhos em segurança, conforto, flexibilidade de horários, redução do estresse e mais condições de produzir, desde que haja a gestão necessária e adaptada.

Uso de tecnologias e transformação digital

Como dito, o  home office  foi uma modalidade que nasceu da expansão da internet, dos meios de comunicação e dos recursos digitais há algumas décadas.

Mas tenderá a crescer, pois vivemos um movimento de transformação digital, de migração das empresas por processos dependentes das tecnologias digitais.

Logo, a transformação digital perpassa as relações de trabalho e pressupõe novas modalidades e digitalização da rotina funcional.

Uma coisa intensifica a outra. O home office é uma resposta à transformação digital das empresas, uma vez que possui, cada vez mais, recursos inteligentes e digitais para apoiar este tipo de trabalho.

É possível atual em diferentes áreas e com total conexão independentemente de onde esteja o profissional.

Recursos não faltam!

Novas relações de trabalho

Além disso, apesar de haver leis vigentes que incluem o trabalho remoto, cada vez mais surgem novas relações de trabalho e modificações que amparem o home office.

É possível até oferecer ao colaborador mais flexibilidade de horários, maiores gratificações e salários, e recursos de gestão de competências e controle de produtividade, além de gestão de demandas operacionais necessárias, como é o caso do controle de ponto e de horas, 100% on-line.

Talvez mais opções de relacionamento empresa-colaborador se tornem diversificadas nos próximos anos.

O home office funciona para todos?

É verdade que nem todas as atividades podem ser desenvolvidas na modalidade home office e nem todos os profissionais podem sair do seu local de trabalho para exercer suas funções em casa.

É o caso, por exemplo, de muitas funções operacionais da indústria, do segmento gastronômico, do setor logístico e de tantas outras áreas.

Contudo, mesmo em empresas em atividades muito específicas, parte de suas áreas podem obter benefícios com o home office.

Além disso, nem todas as pessoas conseguem ter a mesma produtividade através do home office, mesmo tendo todas as condições para realizar o seu trabalho.

É preciso identificar perfis de profissionais que não teriam problemas em efetivar as suas funções à distância.

Os treinamentos em relação a esta modalidade, aos recursos utilizados e à produtividade são essenciais.

Como implantar o home office na sua empresa?

Nem sempre é fácil preparar a estrutura ideal para o trabalho home office.

É preciso envolver toda a estrutura da empresa e a disposição do colaborador.

É também necessário que haja uma mudança de mentalidade e de cultura organizacional.

É muito comum as empresas adotarem o home office não da sua integralidade, mas como apoio ou alternativa às atividades presenciais.

Logo, vale a pena planejar e prever, de antemão, o melhor formato para as atividades da empresa.

Contudo, a seguir estão alguns pontos a se considerar:

  • Análise das áreas e funções que podem ser operadas por home office.
  • Provisão da estrutura necessária para os colaboradores trabalharem nesta modalidade – internet de boa velocidade, software de gestão de tempo certificado e marcação de horas, sistemas de comunicação individual e com a equipe, computadores, etc.
  • Adoção de boas práticas de trabalho nesta modalidade e protocolos.
  • Treinamento sobre home office e produtividade.
  • Controle de produtividade e resultados.
  • Adoção de sistemas de gestão de todas as áreas envolvidas nesta dinâmica – controle de ponto, comunicação, entrega e atendimento de demandas e tarefas, controle de produtividade.
  • Suporte aos colaboradores.
  • Manutenção da estrutura física.

O que achou das dicas sobre como aproveitar melhor a experiência do Home Office para a sua empresa? 


 

Fonte- Jornal Contábil

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