Cerca de 4,5 milhões delas, que hoje estão no Simples Nacional ou no Lucro Presumido, tendem a migrar para o Lucro Real, o que exige organização interna e planejamento tributário.

As duas propostas de emenda constitucional (PECs) em tramitação no Congresso e que tratam da reforma tributária mudarão substancialmente suas regras atuais. Tanto a PEC 110/2019, do Senado, como a 45/2019, da Câmara dos Deputados, criam o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), substituindo uma série de tributos.

Mudanças como essas exigirão das  empresas  novas práticas contábeis e a preparação para tais mudanças precisa começar o quanto antes para que as  empresas  não sejam oneradas. A orientação é do advogado e consultor tributário Lucas Ribeiro, sócio-diretor da ROIT Consultoria e Contabilidade, que mantém sede em Curitiba (PR) e unidades em São Paulo e Brasília.

De acordo com o especialista, tudo indica que a reforma tributária prevista nas duas propostas seja de fato aprovada. “A expectativa é a de que seja feita, porque é necessária para o país – para que exista confiança do investidor externo e para que as  empresas  possam se desenvolver, crescer.”  Os textos em tramitação substituem a tributação sobre a receita, como é hoje, pela tributação sobre a diferença entre os que as  empresas  tiverem de crédito e débitos em praticamente todas as suas operações – o IBS. “Essa substituição fará com que regimes como o Simples Nacional e o Lucro Presumido deixem de ser vantajosos e não mais atraentes como hoje”, complementa.

TRÊS PASSOS PARA AS EMPRESAS SE PREPARAREM PARA O QUE ESTÁ POR VIR COM A REFORMA TRIBUTÁRIA

A Reforma Tributária traz como prazo para adequação das  empresas  às novas regras o período de dez anos. Contudo, durante este tempo, as  empresas  terão que pagar além de todos os outros tributos já pagos atualmente, o IBS. Assim, Ribeiro recomenda que desde já as  empresas  comecem a se preparar para serem realmente beneficiadas com a nova reforma e que não paguem duas vezes pelo mesmo serviço ou produto. Para isso, enumera três grandes passos a serem seguidos:

  1. Organizar:  O primeiro consiste em aprimorar a organização interna, ter controle de estoques rigorosos, lançar tudo em seu sistema de gestão e ter controle de competência, e não apenas de caixa;
  2. Pegar Nota Fiscal de tudo:  o segundo é fazer tudo “por dentro”, começar o processo de regularização das aquisições de mercadorias e de serviços, para que todas sejam feitas com nota fiscal e nos valores corretos. A sonegação não cabe mais;
  3. Com isso, é possível ir para o terceiro e último:  incorporar a cultura do planejamento tributário. Isso porque muitos setores passarão a pagar mais tributos do que pagam hoje, após a reforma. “As  empresas  devem se planejar desde já, ver a melhor dinâmica tributária, para que possam, efetivamente, serem tributadas o mínimo possível. E isso só é alcançado através de um bom planejamento tributário”, enfatiza Ribeiro.
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