É melhor prevenir do que remediar? As  empresas  estão levando cada dia mais esse conselho a risca e adotando programas de  compliance  corporativo com o intuito de evitar riscos. Para se ter uma  ideia, cerca de 97% das instituições já adotaram o Programa de Integridade, segundo a 4ª edição da Pesquisa Maturidade do  Compliance   no Brasil, realizada este ano pela KPMG. O termo que significa ‘estar em conformidade com todas as normas’,  ganhou ainda mais espaço, após a implementação da Lei Anticorrupção Brasileira, Lei 12.846/13, que estipula severas punições às pessoas jurídicas que comentam a prática de atos contra a administração pública nacional ou estrangeira.

De acordo com Rubens Leite, sócio-gestor da  RGL advogados , o  compliance  é fundamental dentro das organizações e pode evitar grandes crises. “Essa medida possibilita enxergar e criar um programa de prevenção de riscos dentro da instituição, que vai garantir um resultado futuro baseado em redução de custos e melhora de resultados. Além disso, o   compliance  tem várias facetas que envolvem diversas áreas da  organização , então você tem desde  compliance  ligados a transparência, regulatórios, anticorrupção, trabalhista, consumidor, entre outros. A medida também cria uma série de normas, regras de condutas e processos internos para evitar problemas”, explica.

Ainda de acordo com ele, o primeiro passo para implementar o  compliance  é eleger as áreas dentro da  empresa  que têm mais riscos. “É preciso entender o segmento de mercado da empresa, para que assim, se possa eleger os setores que podem gerar algum risco, seja regulatório, trabalhista, contratual e até operacional. A  partir disso, é imprescindível criar uma série de normas internas, a fim de se evitar transtornos, tudo isso, com mecanismos de monitoramento e controle”, aconselha o advogado.

Abaixo, ele lista quatro motivos para implementar o Compliance  na empresa. Confira:

1 – Prevenção de riscos :  um dos maiores benefícios de ter o  Compliance  na  empresa  é evitar transtornos tanto na justiça, como na  organização  interna da corporação. De acordo com Rubens, um problema que muitas empresas enfrentam é o excesso de processos e desorganização com os direitos e deveres na área trabalhista. “Quando falamos de  compliance  trabalhista devemos levar em conta a implantação de uma série de normas, que vão garantir que haja uma segurança desde a contratação do novo colaborador até o processo de demissão”, conta.

Dessa forma a empresa cria uma proteção em caso de litígio futuro. “Esse processo começa  desde o momento da contratação, por exemplo, é necessário documentar quais são as capacidades e comportamentos exigidos naquele trabalho e sempre monitorar  se está acontecendo o cumprimento das normas da  organização  e do colaborador. Assim, e empresa tem uma normatização garantida, em eventual crise e risco do colaborar estar insatisfeito e entrar com uma reclamação trabalhista”, alerta Leite.

2 – Monitoramento para se implementar o compliance:  dentro do  compliance  há sistemas de fiscalização e controle, desde a satisfação de clientes e colaboradores, como um canal de denúncias e outros sistemas de checagem para que haja uma conformidade entre todos na instituição. “Com esses pontos de checagem geramos um controle sobre o cumprimento das normas internas, havendo esse monitoramento é possível ter uma melhor estabilidade e garantir que todos os processos sejam aplicados de maneira correta e, eventualmente, extrair dados dos pontos de checagem e implementar melhorias diante de um plano de ação”, garante Rubens Leite.

3 – Segurança para a empresa e colaboradores:  com a implementação do  compliance , todos ganham . “ Todas as partes são interessadas nesse processo,  porque é possível conferir segurança operacional, estabilidade jurídica, redução de custos, além de prever um problema e criar uma forma de resolvê-lo antes que se torne um risco para  empresa. Esse é o grande segredo, é coração do  Compliance ”, diz o especialista.

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